quarta-feira, 8 de março de 2023

Dicionário de Valores

Neste espaço, iremos listar e buscar definir valores que possam se tornar referência para processos de mudança.

Alteridade (Igualdade e Respeito): “Tratar cada pessoa da forma como ela gostaria de ser tratada”. Buscar compreender as necessidades e anseios de cada pessoa e tratá-la de acordo com aquilo que ela necessita, dizer o que é preciso ser dito, entregar o que ela precisa que seja entregue, de acordo com o seu estado, condição e necessidade. Buscar compreender, a partir do que ela fala ou demonstra, a necessidade e o significado que aquilo traz, que muitas vezes não está no dito, mas no modo como se diz. Não tratar os outros como se fossem iguais a nós, não desconsiderar as suas singularidades, as suas histórias, as suas capacidades, as suas limitações, os seus potenciais, as suas fragilidades, procurar enxergá-lo em em sua amplidão como ser completamente outro.

Igualdade (Alteridade e Respeito): “Tratar a todos de forma igual: de modo coerente com as suas necessidades, anseios, interesses e características, que são únicas”. Não distinguir ninguém pela posição que ocupe numa hierarquia, seja na sociedade, no trabalho, pelo seu poder econômico ou por seu saber. Buscar tratar, estar disponível, oferecer o melhor e dar oportunidade de fala e escuta a todos. Isto não significa dizer que todos possuem a mesma condição, precisam das mesmas coisas ou partem do mesmo lugar, mas que respeitamos cada um na sua alteridade, não diferenciando ninguém de maneira negativa, mas sempre considerando o seu lugar, as suas necessidades, o seu direito, como sendo tão legítimo como o de todos os outros, guardadas as devidas diferenças e necessidades.Igualdade: Não distinguir ninguém pela posição que ocupe numa hierarquia, seja na sociedade, no trabalho, pelo seu poder econômico ou por seu saber. Buscar tratar, estar disponível, oferecer o melhor e dar oportunidade de fala e escuta a todos. Isto não significa dizer que todos possuem a mesma condição, precisam das mesmas coisas ou partem do mesmo lugar, mas que respeitamos cada um na sua alteridade, não diferenciando ninguém de maneira negativa, mas sempre considerando o seu lugar, as suas necessidades, o seu direito, como sendo tão legítimo como o de todos os outros, guardadas as devidas diferenças e necessidades.

Responsabilidade (Alteridade, Respeito e Liberdade): “Cumprir aquilo que foi combinado com o outro, em respeito a mim e aos outros”. Considerar as nossas ações ante os seus efeitos sobre nós, sobre os outros e sobre o mundo, percebendo se elas potencializam ou não estas relações. Está diretamente ligada ao respeito, que é perceber de que maneira, a partir das diferentes necessidades e visões sobre a vida dos outros, preciso me situar de forma sensível nas minhas atitudes, falas e ações para não machucar ou diminuir a potência de vida dos outros. É estar sempre refletindo sobre os efeitos que a minha existência, os meus compromissos e minhas atitudes causam aos demais seres e ao mundo. É pela responsabilização que assumimos pelas nossas escolhas e compromissos, na relação com a nossa comunidade, com os outros e conosco mesmo, que assumimos a co-responsabilidade pelo que fazemos, com consciência dos nossos deveres e responsabilidades com os outros - aprendendo a voltar atrás, a pedir desculpas e repensar nossos posicionamentos e ações. 

Solidariedade (Alteridade e Responsabilidade): “Eu só posso ser feliz se o outro também é feliz”. Tem a ver com a harmonia e o equilíbrio que precisa existir entre o todo e as partes, entre o indivíduo e a coletividade, entre o subjetivo e comunitário, entre nós e os nossos semelhantes: o outro também está satisfeito como eu estou? Se não, o que posso fazer para ajudá-lo? Nesse sentido, ela também possui o sentido de doação, ao compreendermos que é uma forma de valorizar e estar disponível para atender a necessidade do outro, considerando esta necessidade desse indivíduo ou coletividade como mais importante que a nossa, por isso a sua satisfação também nos satisfaz. Cada sujeito exerce a solidariedade de acordo com aquilo que crê importante e urgente, é sempre uma escolha subjetiva diante das diferentes necessidades do território, mas é importante refletir criticamente sobre as necessidades dos outros e como elas impactam as relações e a própria vida do sujeito ou da comunidade.

Conceitos: Valores e Princípios

Valores expressam nossas crenças, desejos, aquilo em que acreditamos.

Princípios oferecem diretrizes e orientações para a tomada de decisões, comportamentos e ações.

Características de um princípio efetivo:
1) é significativo e oferece orientação
2) é útil para a tomada de decisões
3) é inspirador pois está fundamentado em valores
4) pode ser adaptado a diferentes situações
5) pode ser avaliado

Os princípios tem uma dupla função, orientar como fazer as coisas da maneira certa (efetivamente) e como fazer as coisas certas (expressando valores básicos para a ação). A diferença entre princípios e valores é que valores são cognitivos, são crenças: "eu acredito que a colaboração é fundamental para a aprendizagem". Um princípio torna um valor em ação oferecendo uma direção: "Os professores devem desenvolver a capacidade de colaboração dos alunos".

Como construir um princípio?
Para criar um princípio é preciso conectar um valor a um verbo que expresse ação. Uma forma de saber se temos um princípio é construir um que seja o contrário ou o oposto ao que propomos.

Referência: 

Principles-Focused Evaluation - Michael Quinn Patton

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